quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Glauber Rocha


Glauber Rocha


No dia 14 de março,  em Vitória da Conquista,  interior da Bahia, nasce Glauber de Andrade Rocha, primeiro filho de Adamastor Bráulio Silva Rocha e Lúcia Mendes de Andrade Rocha.   Glauber foi alfabetizado pela mãe, entra para a escola, aos sete anos. Acompanha o pai, engenheiro de estradas de rodagem,  nas viagens pelo sertão da Bahia. Junto com a família muda para Salvador. O pai sofre um acidente que deixa graves seqüelas, a mãe, aos 29 anos, assume a família. Em 1949 recebe educação religiosa  em colégio presbiteriano de Salvador o colégio 2 de Julho.

Glauber Rocha em 1952 participa, como crítico de cinema, do programa de rádio Cinema em Close-Up.Que na mesma época morre uma de suas irmãs de leucemia a irmã Ana Marcelina. Já em 1956, Glauber funda a produtora de cinema Yemanjá. Onde começa a flamar “O Pátio”, primeiro curta-metragem influenciado pelo concretismo. Em 1958 Glauber começa a trabalhar como repórter de polícia e passa a escrever sobre cinema e cultura em jornais de Salvador. – No ano seguinte ele viaja para São Paulo e Rio e conhece cineastas, intelectuais e os futuros parceiros do Cinema Novo.  Já em Salvador, Glauber casa-se com a atriz de Pátio, Helena Ignez que era sua colega de trabalho. Filma o curta-metragem inacabado Cruz na Praça.

 Em 1960 momento de alegria pra Glauber, nasce sua a primeira filha, Paloma Rocha. Na mesma época assume a direção de Barravento,  primeiro longa-metragem. Separado de Helena Ignez em 1961, se prepara para fazer sua viagem que só aconteceu em 1962, aonde viaja para a Europa. Nessa viagem ele conhece Praga, Roma, Paris, Lisboa.  Barravento  é premiado em Karlovy Vary. – Em 1963 foi um ano de varias conquistas para Glauber, pois ele publica a  “Revisão Crítica do Cinema Brasileiro”. O Cinema Novo ganha visibilidade internacional. Em meio ao golpe militar que ocorreu no ano 1964, Glauber viaja para participar do Festival de Cannes para exibir “Deus e o Diabo na Terra do Sol” seu filme-revelação.
Em 1965, ele lança o manifesto A Estética da Fome com as bases estéticas e políticas do Cinema Novo. É preso num protesto contra o regime militar no Rio de Janeiro. Viaja para o Amazonas e filma o curta-metragem Amazonas Amazonas.Ele também filma o curta Maranhão 66. Realiza o longa-metragem Terra em Transe, apresentado no Festival de Cannes. O filme é proibido no Brasil e se torna o manifesto de uma geração. Escreve os textos: A Revolução é uma Eztetyka; Teoria e Prática do Cinema Latino-Americano; Revolução Cinematográfica e Tricontinental.

Glauber Rocha fala em  sair definitivamente do Brasil.E faz  viagem à Europa para exibir O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro  no Festival de Cannes 69 que lhe daria o prêmio de melhor diretor.  Viaja para África, para filmar O Leão de 7 Cabeças. Já em 1970, viaja para a Catalunha onde filma Cabezas Cortadas. Volta ao Brasil e passa a escrever para o semanário O Pasquim. Na volta pra o Brasil, ele
inicia um exílio que duraria 5 anos, viaja pela América Latina, EUA, Europa. Vai para Cuba. Aonde trabalha no projeto História do Brasil, um filme de montagem e vive com a jornalista Tereza Sopeña, nessa mesma época  monta o filme Câncer, filmado em 68.

Após viver entre Paris e Roma, Glauber se apaixona pela atriz francesa Juliet Berto e viaja com ela para o Egito. Em Roma, conclui História do Brasil. Após dois anos de viagem com sua amada Glauber retorna ao Brasil, aonde filma o velório do pintor Di Cavalcanti, sob protesto da família, cuja o filme está proibido até hoje. Em 1977, com a morte trágica de sua irmã Anecy Rocha, incorpora o fato no romance Riversão  Sussuarana.
Após dois anos damote de sua irmã, nasce Ava Patria Yndia Yracema Gaitan Rocha, primeira filha de Glauber e Paula Gaitan, sua última mulher com quem teria mais um filho, Erik Arouak. Escrevendo para vários jornais, provocando polêmicas e reações. Inicia o programa Abertura, na TV Tupi, em que faz entrevistas com grande repercussão e inventa uma linguagem própria, nessa mesma época Glauber sofre com a perda de sue pai.

Já em 1981, Glauber viaja para Paris e depois Portugal. Se definindo  como "sebastianista" e apocalíptico. Vive em Sintra  -  "um belo lugar pra morrer" - quando  adoece de uma "pericardite viral". Volta ao Brasil em estado grave. Morre no dia 22 de agosto e é velado no Parque Lage, cenário de Terra em Transe, em meio a grande comoção e exaltação.


Por: Renata Santiago

terça-feira, 30 de novembro de 2010

V mostra de Cinema e Direitos Humanos na Capital Baiana

A V Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, acontecerá em Salvador, de 03 a 09 de dezembro, na Sala Walter da Silveira, nos Barris, com filmes de Brasil, Argentina, Uruguai, Peru e outros.

As produções abordam temas como direito à diversidade religiosa, direitos dos povos indígenas, das pessoas com deficiência, da criança e do adolescente, da população carcerária, da população afro-descendente e dos refugiados.

A mostra, que possui entrada franca e vai percorrer 20 capitais brasileiras, traz entre outros destaques o filme Abutres, longa ainda inédito de Pablo Trapero (diretor do premiado Leonera e de Família Rodante, entre outros filmes da nova safra do cinema latino).
                  


                                 Fonte: Divulgação - Cena do longa inédito Abutres, de Pablo Trapero

A programação completa pode ser conferida no site oficial da mostra: Cine Direitos Humanos


Por: Rafael Pellens

Nova rede de cinemas em Salvador: Cinépolis

                                                        Fonte: Divulgação
 
A rede de cinemas mexicana Cinépolis inaugurou em Salvador, no último dia 19, no Shopping Salvador Norte, o mais novo complexo de cinemas da cidade. A rede, que é a quarta maior do mundo e a maior da América latina atua em vários países e destaca-se por seus diferenciais de tecnologia e atendimento ao público.

Pelo mundo existem em funcionamento mais de 2000 salas. O complexo do Shopping Salvador Norte possui seis salas, com duas aptas à tecnologia 3D, com poltronas reclináveis, espaço amplo entre as fileiras, telões em alta definição, salas com canais de áudio sorround sound 5.1 e 7.1 e sistema duplo e triplo de amplificadores .

Agora os moradores e visitantes de Salvador e Região Metropolitana possuem mais esta opção de cinema na cidade.


Por: Rafael Pellens

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A vida do cinema ...

Em 2010 o cinema baiano comemora 100 anos, em outubro de 1910 foi exibido o primeiro curta-metragem baiano, “Regatas da Bahia”, do cineasta Diomedes Gramacho. A produção cinematográfica no estado teve momentos bons e difíceis, e apesar de vários obstáculos se destacou no cenário nacional, despontando grandes cineastas,como o inesquecível Glauber Rocha.
O cinema baiano passou por muitas fases como a chamada “a nova onda”, que revelou artistas como Roberto Pires com o filme “Redenção”, considerado assim um dos precursores do cinema da Bahia.  Com ele vieram outros nomes como Rex Schindler, Luis Paulino dos Santos e Braga Neto. Glauber Rocha por sua vez também fez parte desse grupo, e mais tarde criou o movimento chamado de Cinema Novo, aonde o lema era “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça. Na mesma época foi lançado o impactante “ Terra em Transe”, de sua autoria que foi exibido entre os anos 1966/67.
Mesmo com a ditadura imposta no Brasil na década de 60, não foi um empecilho para que a arte do cinema baiano se manifestasse e muitos dos artistas usaram sua arte como um instrumento de luta, como: Tuna Espinheira, Agnaldo Azevedo, Guido Araújo, entre outros  são alguns exemplos de artistas que não se calaram frente aos terrorismos da  ditadura na época. Durante duas décadas, mesmo com poucas produções e enfrentando o pesadelo da crise dos anos Collor, o cinema baiano continuou seu processo evolutivo e conquistou vários prêmios em festivais realizados pelo país.
A partir dos anos 90 até hoje, surgiram novos talentos e varias produções baianas chegaram às telas.  Filmes como “ Esses Moços”, “Cidade Baixa”, “Cidade das Mulheres” e mais recentemente em 2007, “ Ó Pai Ó,com a direção de Monique Gardenberg e  que consagrou atore  com Lázaro Ramo e foi transformado em seriado pela TV Globo.Apesar de muitas limitações o cinema baiano continua a todo vapor e muitos outros filmes estão em fase de produção. A Bahia tem motivos de sobra para festejar sua sétima arte no ano em completa seu centenário e os baianos para orgulharem-se em fazer parte de mais história!

Por: Renata Santiago

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Filmes baianos

Os filmes dirigidos por cineastas baianos sempre causaram impacto, por temas fortes abordados. Quando se pensa em filmes baianos logo vem à cabeça cenas de sexo, violência e drogas.

A idéia desses cineastas é mostrar a realidade por fora de toda maquiagem que idealizam os nossos políticos, querendo assim atrair turistas mostrando o lado belo do nosso estado.

Nos filmes os cineastas querem mostrar que a Bahia não se basea somente em pontos turísticos, mais que existe sim favelas, violência, prostituição como em qualquer outro estado, sendo que aqui os fatos acontecem com mais intensidade.


Por: Rebecka Campos

Ó PAÍ Ó !




Muito famoso em todo Brasil, o filme “Ó Paí Ó” da diretora Monique Gardenberg virou ate seriado na Rede globo.
Com esse nome que indica um dialogo baiano ("olhe para isso, olhe"). O filme faz uma rasura na superfície de uma reordenação urbanística do Pelourinho que violentou territorialidades negras em tentativas vãs de embranquecimento cultural e de desafricanização dos espaços públicos de Salvador,com um jeito humorado mostra a vida dos moradores de um animado cortiço do Pelourinho, o coração de Salvador, no último dia de carnaval. Entre a falta de dinheiro e o desejo de se divertir, tipos curiosos sobrevivem à custa de muita criatividade, ironia, sensualidade e música.
Como não rir com Dona Joana e seu filhos,Reginaldo e seu amor por Yolanda a travesti mais famosa do pelourinho, com o jeito Boca de ser,Neuzão e seus clientes do seu bar,sem falar em Bioncetão, a estrela do pelourinho. E ainda as contradições de Carmen, a enfermeira que faz aborto é a mulher que cuida e abriga crianças abandonadas, Dona Joana que parece prevê a morte dos seus meninos ao mostrar a baiana a reportagem da morte de duas crianças.
Lazaro Ramos e Wagner Moura dois atores que fazem parte do elenco desse filme,famosos em seus trabalhos eles fizeram um ótimo papel nesse filme. Filme baiano,com atores baianos. Mostrando o poder do nosso estado no cinema.


Por: Rebeca Rocha