Glauber Rocha
No dia 14 de março, em Vitória da Conquista, interior da Bahia, nasce Glauber de Andrade Rocha, primeiro filho de Adamastor Bráulio Silva Rocha e Lúcia Mendes de Andrade Rocha. Glauber foi alfabetizado pela mãe, entra para a escola, aos sete anos. Acompanha o pai, engenheiro de estradas de rodagem, nas viagens pelo sertão da Bahia. Junto com a família muda para Salvador. O pai sofre um acidente que deixa graves seqüelas, a mãe, aos 29 anos, assume a família. Em 1949 recebe educação religiosa em colégio presbiteriano de Salvador o colégio 2 de Julho.
Glauber Rocha em 1952 participa, como crítico de cinema, do programa de rádio Cinema em Close-Up.Que na mesma época morre uma de suas irmãs de leucemia a irmã Ana Marcelina. Já em 1956, Glauber funda a produtora de cinema Yemanjá. Onde começa a flamar “O Pátio”, primeiro curta-metragem influenciado pelo concretismo. Em 1958 Glauber começa a trabalhar como repórter de polícia e passa a escrever sobre cinema e cultura em jornais de Salvador. – No ano seguinte ele viaja para São Paulo e Rio e conhece cineastas, intelectuais e os futuros parceiros do Cinema Novo. Já em Salvador, Glauber casa-se com a atriz de Pátio, Helena Ignez que era sua colega de trabalho. Filma o curta-metragem inacabado Cruz na Praça.
Em 1960 momento de alegria pra Glauber, nasce sua a primeira filha, Paloma Rocha. Na mesma época assume a direção de Barravento, primeiro longa-metragem. Separado de Helena Ignez em 1961, se prepara para fazer sua viagem que só aconteceu em 1962, aonde viaja para a Europa. Nessa viagem ele conhece Praga, Roma, Paris, Lisboa. Barravento é premiado em Karlovy Vary. – Em 1963 foi um ano de varias conquistas para Glauber, pois ele publica a “Revisão Crítica do Cinema Brasileiro”. O Cinema Novo ganha visibilidade internacional. Em meio ao golpe militar que ocorreu no ano 1964, Glauber viaja para participar do Festival de Cannes para exibir “Deus e o Diabo na Terra do Sol” seu filme-revelação.
Em 1965, ele lança o manifesto A Estética da Fome com as bases estéticas e políticas do Cinema Novo. É preso num protesto contra o regime militar no Rio de Janeiro. Viaja para o Amazonas e filma o curta-metragem Amazonas Amazonas.Ele também filma o curta Maranhão 66. Realiza o longa-metragem Terra em Transe, apresentado no Festival de Cannes. O filme é proibido no Brasil e se torna o manifesto de uma geração. Escreve os textos: A Revolução é uma Eztetyka; Teoria e Prática do Cinema Latino-Americano; Revolução Cinematográfica e Tricontinental.
Glauber Rocha fala em sair definitivamente do Brasil.E faz viagem à Europa para exibir O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro no Festival de Cannes 69 que lhe daria o prêmio de melhor diretor. Viaja para África, para filmar O Leão de 7 Cabeças. Já em 1970, viaja para a Catalunha onde filma Cabezas Cortadas. Volta ao Brasil e passa a escrever para o semanário O Pasquim. Na volta pra o Brasil, ele
inicia um exílio que duraria 5 anos, viaja pela América Latina, EUA, Europa. Vai para Cuba. Aonde trabalha no projeto História do Brasil, um filme de montagem e vive com a jornalista Tereza Sopeña, nessa mesma época monta o filme Câncer, filmado em 68.
Após viver entre Paris e Roma, Glauber se apaixona pela atriz francesa Juliet Berto e viaja com ela para o Egito. Em Roma, conclui História do Brasil. Após dois anos de viagem com sua amada Glauber retorna ao Brasil, aonde filma o velório do pintor Di Cavalcanti, sob protesto da família, cuja o filme está proibido até hoje. Em 1977, com a morte trágica de sua irmã Anecy Rocha, incorpora o fato no romance Riversão Sussuarana.
Após dois anos damote de sua irmã, nasce Ava Patria Yndia Yracema Gaitan Rocha, primeira filha de Glauber e Paula Gaitan, sua última mulher com quem teria mais um filho, Erik Arouak. Escrevendo para vários jornais, provocando polêmicas e reações. Inicia o programa Abertura, na TV Tupi, em que faz entrevistas com grande repercussão e inventa uma linguagem própria, nessa mesma época Glauber sofre com a perda de sue pai.
Já em 1981, Glauber viaja para Paris e depois Portugal. Se definindo como "sebastianista" e apocalíptico. Vive em Sintra - "um belo lugar pra morrer" - quando adoece de uma "pericardite viral". Volta ao Brasil em estado grave. Morre no dia 22 de agosto e é velado no Parque Lage, cenário de Terra em Transe, em meio a grande comoção e exaltação.
Por: Renata Santiago
Grande cineasta baiano
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